Coisas óbvias sobre o amor é a esperada continuação do best-seller “O amor não é óbvio” de Elayne Baeta, que retorna ao universo de São Patrique três anos depois, desta vez focando na perspectiva de Édra Norr. A obra explora temas universais como amor jovem, crescimento pessoal e as complexidades dos relacionamentos à distância, consolidando-se como um marco na literatura jovem adulta nacional com representatividade LGBTQ+.
Quando o amor amadurece: descobrindo as verdades não tão óbvias
Conteúdo
Introdução
Elayne Baeta estabeleceu-se como uma das vozes mais relevantes da literatura jovem adulta brasileira com sua estreia em “O amor não é óbvio” (2020), que alcançou mais de cem mil exemplares vendidos. Coisas óbvias sobre o amor, publicado em 2024 pela Galera Record, representa a conclusão natural desta história que conquistou milhares de leitores, especialmente na geração que cresceu com as redes sociais e busca representatividade genuína na literatura.
A autora retorna ao universo ficcional de São Patrique, uma cidade que se tornou emblemática para os fãs da série, mas agora sob uma perspectiva mais madura. Enquanto o primeiro livro focava na descoberta do amor através dos olhos de Íris Pêssego, esta sequência apresenta as complexidades da vida adulta através de Édra Norr, oferecendo uma visão mais sofisticada sobre relacionamentos e crescimento pessoal.
Visão geral
Temas principais abordados:
Amor à distância e suas adversidades: A narrativa explora com sensibilidade os desafios enfrentados por casais jovens quando a vida os separa geograficamente. Através da experiência de Édra em Montana, longe de Íris em São Patrique, o livro examina como a distância física pode impactar relacionamentos emocionais.
Crescimento pessoal na vida adulta: Diferente do primeiro livro, que focava na descoberta da identidade na adolescência, Coisas óbvias sobre o amor aborda a transição para a vida adulta, incluindo responsabilidades financeiras, escolhas profissionais e independência emocional.
Identidade sexual e aceitação: Continuando o trabalho iniciado em “O amor não é óbvio”, a obra mantém sua representatividade LGBTQ+ de forma orgânica, sem transformar a orientação sexual das personagens em conflito central, mas sim em parte natural de suas identidades.
Nostalgia e saudade: O texto explora com profundidade os sentimentos de nostalgia pelo passado e como as memórias podem influenciar decisões presentes, especialmente quando se trata de primeiros amores.
A história acompanha Édra três anos após os eventos do primeiro livro. Agora cursando faculdade em Montana, ela trabalha como entregadora de comida brasileira no Croquete Cabana, um detalhe que adiciona humor e familiaridade à narrativa. A distância de São Patrique não é apenas geográfica, mas também emocional, criando um contraste marcante entre o ambiente acolhedor da cidade fictícia e o frio literal e metafórico de Montana.
Baeta constrói personagens secundários convincentes, como Pilar, a nova pretendente de Édra, que serve não apenas como interesse romântico, mas como catalisador para questionamentos sobre lealdade, amor verdadeiro e crescimento pessoal. A autora evita clichês ao apresentar situações que fogem do óbvio, mantendo a coerência com o título da série.
Os diálogos mantêm a naturalidade que caracterizou o primeiro livro, com expressões contemporâneas que soam autênticas para o público jovem. Frases como “Quer chá?” se tornaram marcas registradas da série, criando uma linguagem própria que ressoa com os leitores e estabelece uma intimidade entre autor e público.
Análise crítica
Pontos fortes
A maior força de Coisas óbvias sobre o amor reside na sua capacidade de evoluir narrativamente sem perder a essência que conquistou o público. Baeta demonstra maturidade literária ao abordar temas mais complexos sem abandonar a leveza que caracteriza sua escrita. A progressão natural dos personagens reflete o crescimento do próprio público leitor, criando uma conexão geracional genuína.
A construção da atmosfera em Montana merece destaque especial. A autora consegue transmitir o isolamento emocional de Édra através de descrições sensoriais eficazes, contrastando o calor humano de São Patrique com o frio impessoal do novo ambiente. Este contraste não é apenas cenográfico, mas serve como metáfora para o estado emocional da protagonista.
Estilo e linguagem
O estilo de Baeta mantém-se acessível sem ser simplificado. Ela domina a arte de escrever para jovens adultos sem subestimar a inteligência do leitor, equilibrando momentos de humor com reflexões profundas sobre amor, identidade e crescimento. A linguagem contemporânea não força gírias, soando natural e autêntica.
A estrutura narrativa em primeira pessoa permite mergulhar profundamente na psique de Édra, revelando suas inseguranças, esperanças e conflitos internos de forma convincente. Baeta evita o excesso de drama típico de alguns romances jovens, optando por situações realistas que ressoam com experiências reais de seus leitores.
Impacto e relevância
Coisas óbvias sobre o amor consolida a importância da representatividade LGBTQ+ na literatura brasileira jovem adulta. Mais do que isso, demonstra como essa representatividade pode ser natural e orgânica, sem transformar a orientação sexual em plotline forçado. A obra contribui para normalizar relacionamentos diversos na literatura nacional.
O impacto social do livro estende-se além do entretenimento, oferecendo espelhos para jovens que raramente se veem representados na literatura brasileira mainstream. A série de Baeta preenche uma lacuna importante no mercado editorial nacional, provando que existe público e demanda para histórias diversas e bem construídas.
Recomendação
Coisas óbvias sobre o amor merece recomendação tanto para leitores do primeiro livro quanto para novos leitores interessados em literatura jovem adulta de qualidade. A obra funciona como continuação satisfatória e também como romance independente, embora a leitura de “O amor não é óbvio” enriqueça significativamente a experiência.
Para leitores que apreciaram esta duologia, recomenda-se explorar outras obras da literatura jovem adulta brasileira com temática LGBTQ+, como “Quinze dias” de Vitor Martins, que compartilha sensibilidade similar na abordagem de relacionamentos jovens diversos. A obra também dialoga bem com “As vantagens de ser invisível” na exploração de identidade adolescente, embora com contexto cultural diferente.
Presença na #BookTok
Na BookTok, Coisas óbvias sobre o amor tem gerado discussões apaixonadas sobre representatividade na literatura nacional. Criadores de conteúdo destacam especialmente a naturalidade com que Baeta aborda relacionamentos LGBTQ+, sem transformá-los em tragédia ou drama excessivo. A hashtag #CoisasObviassobreoAmor acumula milhares de visualizações, com leitores compartilhando citações marcantes e teorias sobre o futuro das personagens. O livro tornou-se especialmente popular entre jovens que buscam representatividade autêntica, sendo frequentemente citado em vídeos sobre “livros nacionais que merecem mais reconhecimento”.
Avaliações da Amazon
“Finalmente uma continuação que não desaponta! Elayne conseguiu manter a magia do primeiro livro enquanto amadurece a história. Chorei e ri na mesma página.” – Marina Santos
“Como alguém que se mudou para estudar longe de casa, me identifiquei completamente com Édra. A autora capturou perfeitamente essa sensação de estar entre dois mundos.” – Carlos Eduardo
“A representatividade LGBTQ+ continua impecável. Não é forçada, é natural, é vida real. Isso faz toda diferença para quem raramente se vê nos livros.” – Ana Beatriz
“Montana nunca pareceu tão fria quanto nas páginas deste livro. A forma como Baeta constrói atmosferas é impressionante. Já quero reler a série inteira.” – Rodrigo Lima
“Desenvolvimento perfeito dos personagens. Três anos depois, eles cresceram de forma consistente. Baeta entende de storytelling e de coração humano.” – Júlia Fernandes
Perguntas e respostas
É necessário ler “O amor não é óbvio” antes?
Embora não seja obrigatório, a leitura do primeiro livro enriquece significativamente a experiência, pois muitas referências e desenvolvimento emocional dependem da história anterior.
A história tem final fechado?
Sim, Coisas óbvias sobre o amor oferece uma conclusão satisfatória para a duologia, resolvendo os conflitos principais apresentados na série.
O livro aborda apenas relacionamentos LGBTQ+?
Não, embora a representatividade seja importante, o livro explora temas universais como crescimento pessoal, saudade, ambição e transição para a vida adulta.
Qual a faixa etária recomendada?
A obra é classificada como jovem adulto, sendo adequada para leitores a partir dos 14 anos, mas ressoa especialmente com jovens entre 16 e 25 anos.
O livro faz parte de uma série maior?
Atualmente, compõe uma duologia com “O amor não é óbvio”, mas a autora não descartou a possibilidade de expandir o universo de São Patrique futuramente.
Como é o ritmo da narrativa?
O ritmo é equilibrado, alternando momentos contemplativos com situações de maior tensão emocional, mantendo o leitor engajado sem pressa excessiva.
Existem cenas explícitas?
O livro mantém classificação adequada para jovens, com relacionamentos tratados de forma madura mas sem conteúdo explícito.
A linguagem é muito informal?
Baeta equilibra linguagem contemporânea com registro mais formal quando necessário, criando diálogos naturais sem exagerar em gírias.
O humor está presente como no primeiro livro?
Sim, o humor continua sendo elemento importante, embora mais sutil devido ao tom mais maduro da continuação.
Vale a pena para quem não costuma ler romances?
Definitivamente. A qualidade da escrita e profundidade dos temas transcendem o gênero romance, oferecendo reflexões valiosas sobre crescimento pessoal.