Um mergulho na memória de uma família marcada pela ditadura
Ainda estou aqui, escrito por Marcelo Rubens Paiva, é um convite emocionante para conhecer a história de uma família que enfrentou perdas e lutas durante a ditadura militar no Brasil. Com uma narrativa envolvente, o livro mistura memórias pessoais, reflexões sobre a memória e o impacto do regime autoritário, centrando-se na força de Eunice Paiva, mãe do autor, e no desaparecimento de seu pai, Rubens Paiva.

A obra transcende a biografia, oferecendo um relato humano e profundo sobre resiliência, luto e a busca por verdade. Paiva escreve com honestidade, alternando momentos de dor e leveza, o que torna a leitura acessível e tocante. Este livro é ideal para quem deseja entender o passado brasileiro e refletir sobre os efeitos da memória na vida.
A história e os personagens que emocionam
A narrativa começa com Eunice Paiva, uma mulher que enfrentou o desaparecimento do marido, Rubens Paiva, em 1971, durante a ditadura militar. Marcelo, então criança, reconstrói a infância feliz e o impacto da ausência paterna. A história não segue uma linha reta, mas flui como memórias, misturando passado e presente.
Eunice é o coração do livro. Após a tragédia, ela se reinventa, cria cinco filhos sozinha e se torna advogada, defendendo direitos indígenas. Sua força inspira, mas Paiva também mostra sua vulnerabilidade, especialmente com o Alzheimer, que apaga suas lembranças.
Rubens Paiva, ex-deputado cassado, é uma figura central, mas aparece mais nas memórias e na luta da família por justiça. A ditadura, com suas mentiras, como dizer que Rubens estava vivo em Cuba, intensifica o sofrimento familiar.
Um retrato da ditadura e da resistência
O livro expõe as crueldades do regime militar, como torturas e desaparecimentos. Marcelo detalha a busca de Eunice por respostas, enfrentando um Estado que negava a verdade. A Comissão Nacional da Verdade, anos depois, trouxe luz ao caso, confirmando a morte de Rubens.
A narrativa também aborda a infância de Marcelo e suas irmãs, marcadas pela ausência do pai. Cada filho lida com o luto de forma única, o que dá à história uma sensação de continuidade dolorosa. A escrita de Paiva é direta, sem sensacionalismo, mas cheia de emoção.
O Alzheimer de Eunice adiciona uma camada de tragédia. Enquanto ela lutava para manter viva a memória do marido, sua própria mente a traía. Paiva descreve momentos de lucidez e confusão com ternura, conectando o leitor à experiência.
Memória como fio condutor
A memória é o tema central, explorada tanto no contexto pessoal quanto histórico. O livro questiona o que significa lembrar e esquecer, seja pela doença ou pelo silêncio imposto pela ditadura. Paiva usa listas para destacar fatos marcantes:
- Datas-chave: 1964 (cassação de Rubens), 1971 (desaparecimento), 1996 (atestado de óbito).
- Lutas de Eunice: Criar os filhos, estudar Direito, defender indígenas.
- Impactos da ditadura: Tortura, mentiras, famílias destruídas.
Ainda estou aqui é um testemunho de resistência, mostrando como a memória pode ser uma ferramenta de luta contra o esquecimento e a injustiça.
Se você chegou até aqui…
É porque deseja muito ler este livro pois ele promete uma experiência única, que mistura história, emoção e reflexão. Ainda estou aqui não é só uma leitura, mas uma oportunidade de mergulhar em um capítulo crucial do Brasil. Professores de História e Literatura frequentemente recomendam a obra para entender a ditadura militar e explorar narrativas autobiográficas.
Adicione este livro à sua biblioteca pessoal. Ele vai tocar seu coração, fazer você refletir sobre memória e resistência, e talvez até mudar sua visão de mundo. A história de Eunice e Marcelo é um lembrete de que o passado molda quem somos.
Não perca a chance de ter Ainda estou aqui em sua estante. É uma leitura que educa, emociona e inspira, perfeita para quem ama histórias reais e quer aprender mais sobre o Brasil. Garanta seu exemplar e comece essa jornada inesquecível.
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